Dia das Crianças: como falar sobre dinheiro com os pequenos

O Dia das Crianças está chegando, e junto com os presentes, guloseimas e passeios, surge também uma ótima oportunidade para iniciar, ou reforçar, um assunto que nem sempre aparece nas conversas em família: educação financeira. Afinal, ensinar desde cedo a importância do dinheiro, do consumo consciente e da poupança pode fazer toda a diferença na vida adulta.

Se você ainda tem dúvidas sobre como abordar o tema, fique tranquilo. A boa notícia é que dá para falar de dinheiro com os pequenos de forma leve, divertida e prática, usando exemplos do dia a dia. Veja algumas ideias.

Converse sobre dinheiro de forma simples e natural

O primeiro passo é tirar o dinheiro da categoria de “assunto proibido”. Explique para a criança que o dinheiro é um recurso limitado e que ele serve para trocar por coisas que precisamos e queremos.

Você não precisa usar termos complicados: dá para dizer, por exemplo, que o dinheiro “entra” (quando você recebe o salário) e “sai” (quando paga contas ou compra algo). Com o tempo, ela vai entendendo que esse fluxo precisa ser equilibrado.

O importante é abrir espaço para perguntas. Se o seu filho perguntar quanto você ganha ou quanto custa a escola, você pode responder de forma adequada à idade, mostrando que falar de finanças é algo normal.

Transforme a mesada em ferramenta de aprendizado

A mesada é muito mais do que “dinheiro para gastar”: ela pode ser uma verdadeira escola prática de finanças pessoais.

Uma dica é dividir a mesada em três partes:

• Guardar: ensine que uma parte deve ir para a poupança ou cofrinho, para realizar sonhos maiores no futuro.
• Gastar: outra parte pode ser usada para pequenas vontades, como brinquedos ou doces.
• Doar: reserve um pedaço para ajudar alguém ou apoiar uma causa que faça sentido para a criança. Isso ensina sobre empatia e responsabilidade social.

Com o tempo, você pode até introduzir a ideia de investir. Explique que o dinheiro guardado pode “trabalhar” e render mais, como acontece quando os adultos aplicam em um CDB ou outros produtos que rendem mais do que a poupança.

Use jogos e brincadeiras para ensinar

Criança aprende brincando, e o tema dinheiro não precisa ser diferente. Algumas ideias:

• Mercadinho em casa: separe brinquedos ou objetos e simule compras, usando moedas ou cédulas de mentira. A criança aprende a somar, dar troco e comparar preços.
• Jogos de tabuleiro: clássicos como Banco Imobiliário ou Jogo da Vida ainda são ótimos para introduzir noções de investimento, renda e despesas.
• Aplicativos educativos: hoje existem apps que transformam a educação financeira em desafios e missões divertidas, adaptadas para diferentes idades.

Essas atividades ajudam a desenvolver habilidades matemáticas e a noção de valor do dinheiro.

Mostre o poder das escolhas

Uma das lições mais importantes é ensinar que não dá para ter tudo ao mesmo tempo. Se a criança quer um brinquedo caro, aproveite a oportunidade para mostrar que será necessário juntar mesadas ou cortar outros gastos.

Esse exercício ajuda a entender que toda escolha tem consequência e que planejar é essencial.

Dê o exemplo

Mais do que falar, é preciso mostrar. Se você gasta sem controle ou nunca guarda dinheiro, dificilmente seu filho vai acreditar no que você prega.

Envolva a criança em pequenas decisões: “Temos R$ 50 para gastar hoje no mercado. O que é mais importante: o lanche para a escola ou o chocolate?”. Esse tipo de participação faz com que ela perceba que o dinheiro precisa ser administrado com cuidado.

Educação financeira é presente para a vida toda

Além de brinquedos e passeios, um grande presente que você pode dar no Dia das Crianças é ensinar que dinheiro é uma ferramenta para realizar sonhos, e não um problema para causar ansiedade.

Com conversas francas, mesada organizada, jogos e exemplos práticos, você ajuda seu filho a construir uma relação saudável com o dinheiro desde cedo.

E para os adultos que querem dar o próximo passo, o RecargaPay está aqui para apoiar em todas as fases da vida financeira: seja no controle das contas, nos pagamentos do dia a dia, na organização do orçamento ou até nos investimentos.